11 de out. de 2014

Nematelmintos (Filo Nematoda)

-Também são chamados de nematódeos;

-Possuem corpo cilíndrico assegmentado;

-Podem ser parasitas ou de vida livre;

-São triblásticos;

-Possuem simetria bilateral;

-São protostômios;

-Possuem o sistema digestório completo;

-Não possuem cílios ou flagelos nas células.



Anatomia dos Nematelmintos





"Um tubo dentro de outro"



Sustentação
  • Sustentam-se pelo líquido pseudocelomático que funciona como um esqueleto hidrostático.

Respiração
  • Sua respiração se dá pela difusão direta através do tegumento (respiração cutânea), mas existem alguns tipos de parasitas que são anaeróbios.

Sistema Digestório
  • Fazem digestão extracelular;
  • São os primeiros animais a apresentarem tubo digestivo completo.                  

Sistema Circulatório
  • Não possuem sistema circulatório, a distribuição de nutrientes pelo corpo é feita pelo pseudoceloma.

Sistema Nervoso
  • Seu sistema é ganglionar;
  • Possuem dois cordões periesofágicos com gânglios principais na porção anterior.       

Sistema Excretor
  • Assemelha-se a um H constituído de um canal longitudinal superior e inferior e, entre eles, um orifício chamado poro excretor;
  • As excretas são recolhidas pelo pseudoceloma, passam pelo canal longitudinal e são eliminadas pelo canal excretor.




Reprodução
  • São dióicos;
  • Sua fecundação é interna;
  • Seu desenvolvimento é indireto (larva filária);
  • Seus ovos são de casca quitinosa e resistente;
  • Possuem dimorfismo sexual: machos e fêmeas diferem entre si quanto algumas características morfológicas.





Verminoses




1) Ascaridíase

Causada pelo Ascaris lumbricoides, popularmente conhecido como lombriga, que vive no instestino humano ou no do porco. Em sua reprodução, a fêmea põe diariamente 200 mil ovos que são eliminados do corpo do hospedeiro pelas fezes. O tratamento para essa doença pode ser feito mediante medicamentos que combatem o verme no intestino, é possível prevenir a infestação com instalações sanitárias adequadas que impeçam a contaminação de água potável e de alimentos. Outro grande método de prevenção é o ato de ferver a água não tratada e lavar bem as frutas e verduras.








2) Amarelão (Ancilostomose)

Causado pelo Ancylostoma duodenale e Necator americanus, o primeiro é mais comum e, por isso, o amarelão também é chamado de ancilostomose. As formas adultas vivem no intestino delgado da pessoa infectada e seus ovos são eliminados com as fezes da pessoa doente, e ao entrar em contato com o solo os ovos eclodem e formam larvas filamentosas que vivem um tempo no solo alimentando-se de bactérias até de tornarem capazes de penetrar na pele do hospedeiro. As pessoas mais atingidas são as que andam descalças, trabalhadores rurais e crianças que brincam com terra. Ao penetrarem na pele, as larvas entram na corrente sanguínea até chegarem aos pulmões perfurando os alvéolos pulmonares e sobem pela traquéia e faringe e são engolidas. Dessa formam chegam ao intestino, onde atingem a maturidade sexual. Causam lesões na parede intestinal, provocando hemorragias. E com a perda de sangue, a pessoa fica anêmica, fraca e com uma palidez típica na face (daí o termo amarelão). Esses sintomas são mais comuns em pessoas que vivem em lugares sem saneamento básico, como áreas rurais. Assim é relatado na famosa obra de Monteiro Lobato: “Jeca Tatu”. Pode se prevenir o amarelão com instalações sanitárias adequadas, o uso de calçados (impedindo a penetração da larva no pé).





















3) Bicho-Geográfico (Larva Migrans)

Causado pelo Ancylostoma braziliensis, parasita cães e gatos. Seus ovos eliminados pelas fezes até atingirem o solo, após isso as larvas se desenvolvem e, ao entrarem em contato físico com cães ou gatos, penetram em sua pele e entram na corrente sanguínea. Também podem parasitar pessoas, mas não conseguem penetrar na circulação sanguínea, por isso ficam se deslocando pela epiderme fazendo caminhos em formas de linhas tortas, essas linhas podem lembrar um formato de “mapa” (por isso o nome “bicho-geográfico”). Os sintomas são forte coceira e irritação na pele. Pode-se reduzir a coceira aplicando gelo sobre o local afetado ou com pomadas vermicidas e, em casos mais graves, pela ingestão de vermífugos.





4) Triquinose

Causada pelo Trichinella spiralis, vivem no intestino delgado dos animais, como porcos, ratos, ursos, entre outros. A espécie humana é uma hospedeira eventual. As fêmeas após fecundadas pelos machos, perfuram a parede intestinal e atingem os vasos linfáticos, onde eliminam ovos. Pequenas larvas se desenvolvem e migram para a corrente sanguínea e atingem os músculos, principalmente os do diagragma, os linguais e dos globos oculares, formando cistos. Os contaminados (pessoas ou animais) adquirem o verme pela ingestão de carne crua ou malcozida contendo cistos. Os sintomas são fraqueza e dores musculares, os linfonodos inflamam e incham, e também pode ocorrer febre. Casos mais graves podem produzir os sintomas semelhantes aos da febre tofoide e, dependendo do número de larvas, a pessoa pode sofrer sérias lesões musculares e vir a óbito. A prevenção implica rigorosas inspeções sanitárias de matadouros e frigoríficos, é aconselhável não comer carne de porco crua ou malcozida.



5) Filariose ou Elefantíase


Causada pelo verme Wuchereria bancrofti, conhecido como filaria, cujos adultos têm de 4 a 8 cm de comprimento e vivem nos vasos linfáticos dos braços, mamas, saco escrotal e principalmente das pernas, causando grandes inchaços. Daí vem o nome elefantíase, dado a estágios avançados da doença. Nos primeiros estágios da doença os sintomas aparecem como alergias, febre e inchaço dos linfonodos. Nos estágios mais avançados, os vermes causam obstruções nos vasos linfáticos, principalmente nas pernas. Geralmente formam-se cistos calcificados na pele, cuja única forma de remoção é à base cirúrgica. A prevenção pode ser feita com o combate aos mosquitos transmissores da doença e proteger as camas com cortinados, já o tratamento para pessoas infectadas se dá por evitar a propagação da doença.























6) Oxiurose

Causada pelo Enterobius vermicularis, conhecido como oxiúro. Os machos e fêmeas vivem no intestino grosso. As fêmeas fecundadas migram para o ânus do hospedeiro durante a noite, onde libera os ovos e morre. Essas migrações provocam coceiras no local, contaminando o espaço sob as unhas com ovos do verme. Uma grande quantidade de vermes pode provocar lesões à parede intestinal e desconforto. A primeira providência para deter a oxiurose é a construção de instalações sanitárias, a pessoa doente deve se tratar com vermífugos e manter as mãos sempre limpas escovando o espaço sob as unhas para eliminar os ovos que podem estar ali presentes.










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